Professores da rede estadual de São Paulo suspenderam greve
Houve confronto entre a PM e um grupo de professores que não concordou com a suspensão da paralisação. O sindicato da categoria afirma que negociações com o governo estadual já avançaram.
(1’31” / 357 Kb) - Os professores da rede estadual de ensino de São Paulo decidiram, na última sexta-feira (10), suspender a greve iniciada no dia 19 de abril. A suspensão foi decidida em assembleia da categoria na avenida Paulista. As aulas devem ser retomadas nesta segunda-feira (13).
Segundo a Apeoesp (sindicato estadual dos professores), após negociação, o governo se comprometeu em atender algumas reivindicações da categoria. Outra reunião será realizada nesta semana.
Mais de 2 mil pessoas participaram da assembleia. De acordo com a Apeoesp, 60% dos professores votaram pelo fim da greve. Após a assembleia, um grupo que não concordou com a decisão cercou o carro de som onde estava a diretoria do sindicato. A Polícia Militar interveio e houve confronto com os manifestantes.
Em nota, a Apeoesp declara que, discordando da decisão, “grupos minoritários (PSTU e PCO), [...] passaram a realizar um grande tumulto, arremessando objetos e agredindo pessoas”.
Já o PSTU, em seu site, alega que “mesmo com 70% dos professores tendo votado pela continuidade do movimento” o sindicato declarou o fim da greve, e que isso “gerou muita indignação dos professores”.
A categoria reivindica reajuste imediato de 13,5%; reposição salarial de 36,74%; cumprimento da lei do piso – no mínimo 33% da jornada para atividades de formação e preparação de aulas –; escola de tempo integral; melhores condições de trabalho, entre outras.
De São Paulo, da Radioagência NP, com informações do Brasil de Fato, Vivian Fernandes.
13/05/13
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil